quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Coração - Letícia de Morais

Com o coração na boca
Os passos apertados
Com medo de  andar
Vou caminhar
Meu rumo seguir
O coração que se quebre
Que se percam os pedaços
Não quero mais sentir
Quero o vazio saborear
Solidão desfrutar
A lágrima de solidão é doce
Que caia sobre mim lágrimas
Todas de uma vez
Chorar pq?
Cansada de caminhar a passos juntos
Se um rumo cada um tomar
Feliz cada um será!
Solidão em cada manhã
Desfrutar de silêncio
Amargurar sem presença
Não te esperar
Coração pq choras?
Essa dor já vai passar
Deixe o vazio de instalar
Deixe o buraco crescer
Expulsa esse maldizer
Liberta de vez esse ser
Caminha a passos largos
Sem esperar!
Coração pq esse apego?
É amor ou ilusão? Amor!
É amor ou conformismo? Amor!
É amor ou medo? Amor!
Esse tal amor!
Amo te e odeio te!
Coração....
Deixa pra sempre esse tal amor!
Liberdade! Sem medo! Sem dor!
Ahh dor! Ahh como dói!
Dói só de imaginar!
Amor...
Dor... 
Coração Amador!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Vazio - Letícia de Morais

Nenhum vazio é preenchido com outro vazio!
O que é a ilusão de ser ter tudo
Ou ter o falso tudo!
Quero me jogar nesse vazio
Onde essa dor não tem importância
Onde as lágrimas não caem
Onde só há você e eu!

Dor - Letícia de Morais

Quando a dor aperta
E o sofrimento sacode
Temos que fugir!

Correr!  Correr!
Nesse mundo há espaço para mim?
Correr!
Desvincular
Desmoronar
Cortar... 
Dor...
Sufoca...
Respira...  Não para!
Segue...
Segue...
Grita!
Socorro! Quem instalou essa dor em meu peito?

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Guerreira - Letícia de Morais

Guerreira tu és
Com teu escudo de sorrisos
Esconde toda marca
Câlejada de sofrer
Tu amas como senhora

não esconda teu ser
Puro amor sofrido
Que por baixo de maculas
Esconde uma doçura perfeita do mundo

Entregaste sua alma a felicidade
Mereces toda Luxuria
Todo prazer de te encontrar
Mil vezes em si mesma
Se transbordar
Se entregar

Esse medo te faz sofrer
E esse paraíso esconder.
Amo tua garra
Forjada em fogo e lágrimas

Não se deixe enganar por aí
Esse 'eu' insistindo em te jogar
Nesse chão frio para chorar

De você vem a firmeza da terra
A leveza do ar
A pureza da água
O valor do fogo

Não se deixe derrotar
Por tanta mentira a lhe contar
Falsa ilusão te faz desabar

De você vem a firmeza da terra
A doçura das frutas
E a certeza de um amanhã iluminado!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Prisão - Leticia de Morais


O que faço nessa prisão?
Sem grades sem paredes
mesmo assim sufoca-me!

Quero correr
me sinto oprimida
sem ter onde me esconder

Por que tantas escolhas fazer?
No final vamos todos morrer
Toda essa matéria desisntegrar

Nenhuma roupa vou levar
Todo bem material descartar
Por que trabalhar?

Esse dinheiro mal dá!
Esse tempo gasto não voltará
Tanto tempo gasto para um bem comprar

Casa, comida, roupa,transporte
Tudo tão efêmero
tudo ilusão

Quero me libertar desta prisão!

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

A manhã seguinte - Leticia de Morais

Não me permito chorar
Dentre tantas vezes
Não me permito chorar
Mais uma de tantas

Não é o primeiro
Nem o último

Nem toda dor machuca
Tão fundo que marque
Esse céu de outubro

Esse ciclo.
Todos em outubro.
Tão certo que seja eterno
Que foi efêmero

Que durou e se desfez
Maculou de sangue
As lágrimas

Menos um pedaço desse coração
Se desmancha na solidão

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Juntos/sozinhos - Letícia de Morais

Quando um deseja
O outro não quer
Quando um fala
O outro não ouve

Quando caem as lágrimas
E soluços no  travesseiro
Não há amparo

Há esse silêncio sombrio
Essa boca que mexe
Não há som da fala.

Ego? Ter ego gigante é querer ter?
Querer ser?
Querer ser importante?

Sou surda?
Sou muda!
Palavras não faladas...

Meu entendimento é vazio?
Minha fala muda?
Meu desejo esquecido?
Minhas necessidades abandonadas?

O som do coração apenas um murmúrio
Esse som logo cessará
Deixará cinzas...
Espalhará nesse céu azul a cor fosca

Quero te hoje!
Queira te entender
Queria ser...
Cansei...

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Me perdi - Leticia de Morais

Muitas partes de mim perdi
Nesse deserto chamado solidão
Esses fragmentos doem
Perdidos em algum lugar

Quero reconquistar esse espaço
Colar os pedaços
Exibir com orgulho esse vitral

Me encontro cansada de me  procurar
De que vale me encontrar
Se presa estou na solidão

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Eu sou alguém? - Letícia de Morais

Não fui a primeira
Nesse caminho nunca serei
Andei por muito pra encontrar
Vazio de nunca chegar
ao pódio em primeiro lugar

Minha voz se cala
Meu grito é mudo
Nenhum sussurro pode escapar

Eu escolhi
Eu aceitei
Mas nunca esperei

Nesse lugar nunca sentarei
Nesse lugar só posso contemplar
Esse desejo de ser alguém

Eu sou alguém???
...
Eu sou alguém???
...

Deixe-me por um segundo
Não quero chorar...
Não quero desabar!
Não com todos olhando!
Julgando!!!

Eu sou alguém???




quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Sem saída - Letícia de Morais

Abro a porta
Ela continua fechada
Passo pelo umbral
Não saio da entrada

Quem trancastes meu caminho?

Volto a encarar
Ela é de madeira singular
Maçaneta regular

Maldita porta!
Não consigo passar
Caminho até ela trancar

Quero alcançar...
o que do outro lado está!
Destranca!

Bato até cansar
mãos estão a sangrar
Tem alguém a me escutar?

Toc Toc
TOC TOC
TOC TOC TOC
TOC TOC TOC BAMM